TV 3.0 traz revolução na forma como brasileiros assistem televisão

TV 3.0 traz revolução na forma como brasileiros assistem televisão

Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta quarta-feira, 27 de agosto de 2025, no Palácio do Planalto, o decreto que regulamenta a TV 3.0, nova geração da tecnologia de televisão aberta e gratuita no Brasil. O anúncio define um marco na evolução do setor, combinando transmissão por aplicativo com integração à internet para modernizar a experiência do telespectador.

O modelo promete elevar consideravelmente a qualidade de imagem e som, com resoluções que podem alcançar 4K ou até 8K e áudio imersivo. A navegação deixará de ser baseada em números de canais e passará a ser feita por meio de interface semelhante a aplicativos, permitindo ao público acessar tanto conteúdo ao vivo quanto sob demanda.

A recomendação oficial do padrão ATSC 3.0 pelo Fórum SBTVD deve ser validada pelo decreto presidencial. A implantação será gradual, começando pelos grandes centros, com previsão de que parte da população já utilize a TV 3.0 durante a Copa do Mundo de 2026.

A nova tecnologia vai permitir ao telespectador interagir com conteúdos, participar de votações em tempo real, acessar serviços de governo digital, receber alertas, utilizar recursos de acessibilidade, consumir publicidade personalizada e até realizar compras diretamente pela televisão, transformando a TV em uma plataforma multifuncional.

Especialistas destacam que a interface baseada em aplicativos devolve protagonismo à TV aberta em meio às smart TVs que, até então, priorizam serviços de streaming. A nova geração de aparelhos provavelmente apresentará, em sua tela inicial, um catálogo com os aplicativos das emissoras, permitindo troca rápida entre eles e preservando o hábito do "zapping".

A TV 3.0 também deve fortalecer a comunicação pública, com emissoras educativas e veículos governamentais disponíveis via internet nos televisores conectados, ampliando o acesso à informação em regiões com sinal fraco ou ausente por antena.

Apesar dos avanços previstos, a transição enfrenta desafios importantes: os custos para emissoras com licenciamento e novos transmissores e para o público com conversores ou televisores compatíveis, além da necessidade de garantir conectividade de qualidade. Mesmo com o avanço da internet, apenas uma parcela da população, especialmente em classes mais altas e regiões mais desenvolvidas, possui hoje infraestrutura satisfatória para usufruir plenamente da TV 3.0, o que exige políticas públicas para evitar desigualdades no acesso.

Via: Agência Brasil

 

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