Imagem: Elias Yassine

Especialistas apontam que o Paraná poderá virar destino de refugiados e solicitantes de asilo devido a acordo firmado entre Paraguai e Estados Unidos. Pelo entendimento, pessoas que hoje buscam proteção nos EUA poderão apresentar seus pedidos diretamente no Paraguai, o que pode gerar um fluxo migratório mais intenso na fronteira com o Brasil.

O chamado acordo de “Terceiro País Seguro” permite que solicitantes de asilo em solo norte-americano sejam transferidos para o Paraguai, que passará a analisar seus pedidos antes de qualquer decisão final. Essa medida busca aliviar a pressão sobre o sistema de asilo dos EUA e compartilha responsabilidades com aliados na região.

Com a medida em vigor, cresce a possibilidade de que o Paraná, por sua proximidade territorial e por já ser rota de passagem em casos migratórios, atraia mais refugiados em busca de reagrupamento ou solicitação de refúgio. Isso exigirá reforço na capacidade de acolhimento no estado, incluindo atendimento humanitário, documentação e políticas de integração.

O governo do Paraná já tem estruturado uma política sólida de acolhida e integração de migrantes, refugiados e apátridas. Entre as ações previstas estão o memorando com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a criação da Superintendência-Geral de Governança Migratória (SGGM) e centros de apoio como o CEIM em Curitiba — que já registraram crescimento significativo no atendimento e no emprego formal de migrantes no estado.

O fortalecimento dessas políticas será essencial para que o Paraná ofereça acohimento digno e contribua ao desenvolvimento regional. Caso o novo fluxo migratório ocorra, o estado estará mais preparado para acolher essas pessoas dentro de uma perspectiva de inclusão social e responsabilidade humanitária.

Via: G1

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