Os diretores do BC (Banco Central) definem na próxima quarta-feira o novo patamar da taxa básica de juros da economia. Segundo os analistas do mercado financeiro, a decisão vai resultar em uma alta de 0,5 ponto percentual da Selic, dos atuais 14,25% ao ano para 14,75% ao ano, maior patamar desde agosto de 2006.
Como devem ficar os juros
Mercado projeta sexta alta seguida da taxa Selic nesta semana. A previsão aponta para uma nova elevação de 0,5 ponto percentual dos juros básicos, dos atuais 14,25% ao ano para 14,75% ao ano, maior patamar desde agosto de 2006. O veredito do Copom (Comitê de Política Monetária) será anunciado na próxima quarta-feira (7), após o fechamento do mercado financeiro.
Se confirmada, a projeção representa um freio no ciclo de altas. Conforme antecipado na ata da reunião que ocasionou na terceira elevação consecutiva de 1 ponto percentual da taxa básica de juros, o aumento desta semana terá ritmo menor. Também não ficou definido se a alta será a última diante das expectativas de um novo estouro do limite da meta de inflação.
Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta.
Ata da 268ª reunião do Copom
Analistas veem juros básicos justamente em 14,75% ao ano ao fim de 2025. A expectativa representa um corte de 0,25 ponto percentual na projeção apresentada nas últimas 16 semanas. Ainda assim, a projeção aponta para mais uma elevação da taxa Selic no mês de junho, antes do início do ciclo de cortes.
Previsões para a taxa Selic nos próximos anos permanecem estáveis. Os analistas mantiveram inalteradas as expectativas de recuo dos juros básicos em 12,5% ao ano ao final de 2026, 14% projeção consecutiva sem alterações. Para 2027 e 2028, o arrefecimento indica que as taxas serão de 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.
Selic é principal ferramenta de política monetária contra a inflação. Com o recente avanço dos preços, a elevação dos juros básicos é utilizada como alternativa para limitar o consumo e inibir, consequentemente, segurar a alta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Por outro lado, as altas tendem a enfraquecer a economia e aumentar o nível de desemprego.
Copom estima que o teto da meta será furado em junho. Com a alteração dos regimes de metas a partir deste ano, o BC antevê que terá a necessidade de se justificar sobre o estouro do IPCA no meio deste ano, quando a inflação acumulada em 12 meses permanecerá acima de 4,5% por seis meses consecutivos.
Como deve ser a inflação
Expectativas mostram a inflação em 5,53% ao final deste ano. A projeção corresponde a uma alta menor dos preços pela terceira vez consecutiva. Na semana passada, a aposta era de alta do IPCA nos 12 meses finalizados em dezembro era de 5,55%. Há quatro, a projeção sinalizava para uma alta de 5,65%.
Projeção mostra o índice oficial de preços acima do teto da meta. O intervalo estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para a inflação é de 3%. O valor tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%. A partir deste ano, o BC precisa justificar cada furo da meta no acumulado em 12 meses por seis meses consecutivos.
IPCA projetado para o mês de abril o é de 0,43%. Se confirmado, o percentual resultará na leve perda de força do índice em relação à variação de março (+0,56%). No acumulado dos 12 meses finalizados em março, o índice acumula alta de 5,48%.
Via / Uol.com.br
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